CÂMARA DE TONDELA EVOCOU CENTENÁRIO DO ARMISTÍCIO DA 1ª GRANDE GUERRA

Foi há 100 anos, no dia 11 de Novembro que aconteceu o armistício que pôs fim à Primeira Grande Guerra.
Em Tondela, o Município celebrou também esta efeméride junto ao monumento dos Mortos da Grande Guerra, no Largo Dr. Anselmo Ferraz de Carvalho, onde o Presidente da Câmara José António de Jesus depositou uma coroa de flores.
Nestas comemorações estiveram presente além do Presidente do Município, o Presidente da Assembleia Municipal Eng. Carlos Cunha, vereadores, Presidentes de Junta, deputados Municipais, o Presidente da ANCU Dr. António Ferraz e o Presidente da Liga dos Combatentes Tenente-coronel João Henriques Leão.
Na sua intervenção José António de Jesus
disse que “comemoramos o centenário do armistício que assinalou o fim da 1ª Grande Guerra. Tal como há 4 anos a Associação de Combatente do Ultramar assinalou neste local o início desse conflito, hoje queremos evocar o fim da guerra, e enaltecer a paz entre os povos.
Uma guerra que mobilizou mais de uma centena de milhar de portugueses e que vitimou quase 10% dos mesmos, alguns da nossa região.”
Afirmou também que o mundo tem que construir a paz “assinalar a paz é afirmar um mundo multicultural, que respeite a diferença e a democracia.
É afirmar o desenvolvimento e a cooperação.”
Chamou a atenção para a causa da paz, e que hoje o perigo é o não ser livre para formar opiniões, com efeito referiu “mas também alertar para os perigos dos populismos e de algumas estratégias manipuladoras da comunicação que condicionam as opiniões livres. São esses perigos que devemos rejeitar.”
De seguida falou o Presidente da Liga dos Combatentes João Henriques Leão que agradeceu ao Presidente da Câmara de Tondela o convite para estar presente nesta importante cerimónia.
Teve também uma palavra para a Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar, com sede em Tondela, pelo excelente trabalho que tem desenvolvido em prol dos Antigos Combatentes.
Referindo-se ao dia que se comemorou “a Primeira Guerra Mundial, ou a Grande Guerra, como ficou conhecida, teve importante significado na história contemporânea portuguesa, com reflexos sociais que excederam largamente o campo militar, envolvendo cerca de 30 países em vários continentes e mobilizando aproximadamente cinquenta milhões de homens em todas as frentes.”
Referiu a participação de Portugal ao lado dos aliados, “que estava de acordo com as orientações da jovem República, impôs ao país pesados sacrifícios, mobilizando cerca de 160.000 efetivos distribuídos pelos Teatros de Operações africano e europeu, registando-se milhares de mortos, feridos e prisioneiros.”
Referiu que “evocar o centenário do Armistício com uma cerimónia de homenagem é contribuir para a garantia da perenidade desse momento singularmente doloroso e heroico da História de Portugal.”
Lembrou a importância da memória “porque um Homem só verdadeiramente morre quando é esquecido, quando seus valores são negados e quando as suas lições são apagadas, a Liga dos Combatentes, nascida precisamente após o final da Primeira Guerra Mundial, tudo fará para que a memória dos portugueses continue a manter vivos todos os que morreram neste conflito mundial.”
Recordar o Armistício é lembrar um conflito que envolveu as grandes potências do mundo inteiro divididas em duas alianças opostas, os Aliados e a Alemanha.
Portugal que estava a dar os primeiros passos no regime republicano entrou neste conflito em 1917.
O Corpo Expedicionário Português, sob o comando de Tamagnini de Abreu, foram primeiras tropas portuguesas a seguir para a guerra na Europa, nomeadamente para a Flandres. Portugal envolveu-se, depois, em combates em França.
Neste esforço de guerra, chegaram a estar mobilizados quase duzentos mil homens. As perdas atingiram quase dez mil mortos e milhares de feridos, além de custos económicos e sociais gravemente superiores à capacidade nacional.
Assim, a 11 de Novembro de 2018, um pouco por todo o mundo celebrou-se o fim da Primeira Grande Guerra, o Armistício.
MJJ