Começou com a queima de um boneco de palha e trapos velhos, que era queimado à saída da missa no sábado de Aleluia, junto à Igreja Matriz de Tondela. E foi assim durante largos anos.
Posteriormente a tradição foi evoluindo com a ACERT a dar origem a um espetáculo comunitário onde o teatro, a dança, a música e o fogo-de-artifício se aliam numa celebração onde se expurgam todos os males ocorridos desde o ano anterior, desde 1987.Pouco antes da meia-noite de Sábado da Aleluia, o espetáculo desenrola-se ao ar livre, desfilando coreografias, canções e uma narrativa que percorre o ano que passou e lhe aponta os maus bocados.
No fim, as chamas devoram o Judas, por entre fogo-de-artifício e o som apoteótico dos músicos e atores que, acompanhados pelo público, celebram coletivamente esta renovação.
Este ano apesar da chuva e do mau tempo que se fez sentir na altura da Páscoa, o Judas rebentou, num espetáculo de cor, música e teatro, onde 380 pessoas se juntaram para esconjurar todos os males e falar em liberdade nos 50 anos do 25 de Abril, no espaço da feira semanal.
O recinto foi montado para acolher as milhares de pessoas que normalmente veem este espetáculo, mas a chuva afastou muita gente.
Mesmo assim, muitas pessoas resistiram e de chapéu aberto viram o Judas a arder e a rebentar.
Este evento, incluindo as dezenas de voluntários envolvidos, é considerado hoje a maior e mais impressionante Queima do Judas que se realiza em Portugal.
MJJ