Quarta-feira , Maio 8 2024

OLHA A FLAUTA DO AMOLADOR…..

Há cerca de cinquenta anos atrás o amolador percorria as ruas das aldeias, vilas e cidades de Portugal, e quando se ouvia a flauta, a criançada já não o alargava e a clientela aparecia para tratar das tesouras, facas e sombrinhas.
Agora é raro encontrar nas ruas esta figura, mas hoje pela cidade de Tondela, ouviu-se a flauta de pã ou o apito chamado chifl, num som que lembra uma época para muitos e que provavelmente às gerações mais novas nada diz
O amolador, que antigamente também era reparador de sombrinhas ou chapéus-de-chuva, é um comerciante ambulante que se desloca numa bicicleta ou motocicleta para oferecer os seus serviços de amolar facas, tesouras e outros instrumentos de corte.
A generalidade dos amoladores que percorriam as estradas de Portugal, eram oriundos de Nogueira de Ramuín, pequena localidade galega, da província de Ourense, próxima do Rio Minho, de uma beleza paisagística fantástica. Dali partiram para o mundo muitos amoladores (afiadores na língua galega) que se espalharam pela Europa e por outros pontos do planeta.
Inicialmente o amolador deslocava-se a pé, acompanhado de uma roda montada numa estrutura de madeira. Essa roda era acionada com um pedal e transmitia o movimento à roda de esmeril. Surgiu depois a bicicleta, que lhe servia também de meio de transporte e que foi modificada de forma que na sua parte traseira leve montado o esmeril mecânico com uma pedra de amolar que se emprega para amolar os objetos cortantes.
Hoje já é raro ver um amolador ambulante, porque a evolução industrial criou amoladores elétricos de uso doméstico, e os chapéus-de-chuva já não se arranjam quando as varetas partem.

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