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VACINAÇÃO DOS POLÍTICOS

De acordo com um despacho, emitido na segunda-feira, 18 de janeiro, pelo primeiro-ministro, os titulares de órgãos de soberania, deputados, funcionários da Assembleia da República, membros dos órgãos das Regiões Autónomas e presidentes de câmara, enquanto responsáveis da proteção civil, vão começar a ser vacinados na próxima semana.
Segundo a mesma fonte, também a Provedora de Justiça, os membros do Conselho de Estado e a magistratura do Ministério Público vão começar a ser vacinados na próxima semana
O primeiro-ministro, António Costa, terá já enviado as “cartas aos órgãos de soberania para que estabeleçam as prioridades para a inoculação em cada um dos serviços”.
“De modo a que se possa programar com precisão este processo é essencial definir, entre estes titulares, a indispensável ordem de prioridade, tendo em conta a limitada quantidade de doses disponíveis em cada semana”, específica António Costa na mensagem enviada ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
No texto, o primeiro-ministro pede a Ferro Rodrigues que especifique os deputados, bem como a lista nominativa dos funcionários daquele órgão, “que devam ser considerados prioritários nesta fase”.
Caberá aos responsáveis por cada entidade decidir quem será incluído nas prioridades. No caso da Assembleia da República, a decisão será de Ferro Rodrigues. O despacho está a causar polémica e vários deputados avisam que não querem ser vacinados como prioritários.
No entanto, não serão todos vacinados, uma vez que o despacho do primeiro-ministro sublinha a necessidade de escolher quem receberá a vacina nesta fase entre os titulares de órgãos de soberania, deputados, funcionários do Parlamento, membros dos órgãos das regiões autónomas, presidentes de Câmara, a provedora de Justiça, Conselho de Estado e a magistratura do Ministério Público.

MEMBROS DO GOVERNO
O despacho inclui como prioritários quatro ministros infetados com o coronavírus,o primeiro-ministro, António Costa, 11 ministros e oito secretários de Estado são os vinte elementos do Governo considerados prioritários para receber a vacina ainda durante a primeira fase de vacinação contra a Covid-19, de acordo com o despacho sobre a polémica vacinação prioritária de titulares de cargos públicos, que foi publicado esta quarta-feira ( 27/01/2020) em Diário da República
De acordo com a lei orgânica do Governo, os membros do governo a ser vacinados são os ministros de Estado, Pedro Siza Vieira, João Leão, Mariana Vieira da Silva e Augusto Santos Silva. A seguir, o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, a ministra da Justiça e a do Trabalho e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
A ministra da Saúde só aparece em nono lugar, antes dos ministros do Ambiente, Matos Fernandes, e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Seguem-se os dois secretários de Estado da Saúde e os cinco que coordenam o combate regional à pandemia.
O Presidente da República disse: “O primeiro-ministro elaborou um despacho, em que solicitava aos titulares dos órgãos de soberania que manifestassem a sua adesão à ideia de uma vacinação desses titulares, de acordo com prioridades que cada órgão de soberania definiria”.
Marcelo Rebelo de Sousa recusou avançar datas nem esclareceu se aceitará ser vacinado, justificando que é uma matéria “do foro das autoridades sanitárias”.

POLÉMICA INSTALADA
Esta alteração ao plano de vacinação não está a ser bem acolhida entre a classe política. Os deputados sociais-democratas Ricardo Batista Leite, Alexandre Poço e Cristóvão Norte já disseram que preferem esperar. O líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, escreveu a Ferro Rodrigues, pedindo que a sua vacina seja “reservada a um profissional de saúde do setor social, privado ou público, que não tenha ainda sido vacinado”.
“Dar prioridade a todos os titulares de órgãos de soberania é um péssimo exemplo ao país e um insulto aos que mais sofrem”, criticou o líder do CDS/PP, Rodrigues dos Santos, oferecendo o seu lugar a um idoso.
Para o PCP, o despacho “tem uma generalização que se afigura excessiva”. O PEV concorda e acrescenta que “o mais importante é que se assegure a vacina a quem foi estabelecido como prioritário”. O BE defende que os políticos, que não são titulares de órgãos de soberania, sejam “vacinados em função dos critérios estabelecidos para a população”.
“Não devemos ultrapassar as prioridades em termos de saúde pública”, reforça Bebiana Cunha, do PAN.
Já o PSD questionou Marta Temido sobre os profissionais de saúde que não foram vacinados.
E o líder do Chega, André Ventura, recusa que um político seja vacinado antes “de todos os profissionais da linha da frente”.
O PS é a favor: “Em matérias de saúde pública e funcionamento do Estado de direito, não pode ceder-se à demagogia e ao politicamente correto”, contrapõe o secretário-geral-adjunto do PS, José Luís Carneiro.

PRESIDENTE DA CÂMARA DE TONDELA
Perante a polémica instalada, o jornal “Folha de Tondela” quis saber a posição do autarca de Tondela, José António Jesus, que está na ordem de vacinação de acordo com o despacho do governo, por ser o responsável pela Proteção Civil Municipal.
O presidente da Câmara Municipal de Tondela, José António Jesus, entende que “deve ser prioritária a vacinação contra a Covid 19 em bombeiros, todo corpo ativo, forças de proteção e de socorro, profissionais de saúde que trabalham em hospitais para além de médicos e enfermeiros que ainda não estão vacinados, bem como idosos.
Estas devem ser as novas prioridades e só após essa fase devem seguir-se outras prioridades.”
Entretanto o nosso jornal ficou a saber que no Hospital Cândido de Figueiredo de Tondela, apenas foram vacinados os profissionais de saúde que estavam nas urgências e que brevemente já vão tomar a segunda dose, e que devido a surtos que ocorreram de Covid, os profissionais que trabalham no setor de medicina e cirurgia também já foram vacinados.

MJJ

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