Terça-feira , Abril 9 2024

TRAGÉDIA DOS INCÊNDIOS MOSTRA “CINZAS” NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

A Assembleia da República acolhe, desde a última quarta-feira, dia 12 de Dezembro, a exposição “Cinzas”, onde o prestigiado fotógrafo, Miguel Valle de Figueiredo, mostra a horripilante e absurda devastação, deixada pelos incêndios de Outubro de 2017, no concelho de Tondela e não só.
Na sessão de abertura, o presidente da Câmara Municipal de Tondela, José António de Jesus, considerou que esta mostra “é um hino à resistência das pessoas, à sua capacidade de lutar contra a adversidade e de reconstruir o futuro”.

ESTRATÉGIA CONTRA REGENERAÇÃO INVASORA
O chefe do executivo tondelense, aproveitou para salientar que é muito importante tomar medidas e acautelar o futuro, para que uma tragédia semelhante à de Outubro do ano passado, não volte a acontecer.
Disse nesta ocasião que a Assembleia da República é a casa da democracia, mas também o espelho do País, disse ainda “que não estamos aqui apresentar uma lamúria ou a resignar-nos estamos aqui para partilhar e apresentar a vontade de reerguer o território mesmo que este esteja longe de Lisboa”, e, para tanto, impunha-se, quanto a si, “uma política de ordenamento florestal”, que, naturalmente, necessita de ser melhorada a vários níveis.
Fez um apelo ao Parlamento para “desenvolver uma estratégia adequada, sob pena da regeneração invasora trazer um potencial risco num prazo menor do que podemos pensar”, “e a tragédia voltar a repetir-se”.
Esta analogia do presidente, vem na sequência da regeneração das sementes que, caídas durante o incêndio, estão a transformar os espaços florestais em autênticos eucaliptais.
José António de Jesus referiu ainda que o que importa é olhar para o futuro com esperança numa óptica de construir, e que o concelho “ não vive com nenhum estigma de centralismo ou de interioridade”, e lembrou a força económica do concelho com cerca de 700 mil milhões de exportação, na atracção de investimento e sobretudo nas pessoas que fazem a grandeza do território”.

UMA FORMA DE PRESERVAR A MEMÓRIA
Em representação do presidente da Assembleia da República, marcou presença a vice-presidente, Teresa Caeiro, que apontou que esta mostra “é uma forma de preservar a memória” e manter a solidariedade, e saudou a Câmara Municipal de Tondela por esta iniciativa que tornou possível esta exposição.
“É a memória fotográfica de uma das maiores tragédias do país, com fotos de grande qualidade, impressivas, são impressionantes. Esta exposição no Parlamento representa o respeito dos deputados para com interior do país”, referiu.
A fechar, o fotógrafo Miguel Valle de Figueiredo, agradeceu a oportunidade de expor os seus trabalhos na Assembleia da República para “lembrar o país que foi destruído” e que após um ano “ainda há muito que fazer”.

NOTAS DE REPORTAGEM
Na casa da democracia, avistámos vários deputados bem conhecidos e estivemos à conversa com Hélder Amaral e Conceição Cristas (CDS), António Leitão Amaro e Berta Cabral (PSD).
Presentes, ainda, o presidente da Assembleia Municipal de Tondela, Carlos Cunha, o presidente da Casa do Concelho de Tondela, em Lisboa, Elísio Chaves, o coordenador da ADICES, João Carlos Figueiredo, além dos presidentes das Juntas de Freguesia do Município, os primos José Braz, antigo presidente da Assembleia Municipal de Tondela e António Braz, entre outras personalidades convidadas.
Já de noite, no regresso à nossa Beira, o jantar, magnífico, no típico Restaurante “O FUSO”, na vila de Arruda dos Vinhos, com o sabor de Tondela, através do excelente “Sr. Bacalhau”, da firma Rui Costa e Sousa & Irmão. Foi uma tarde e uma noite de autêntico “Tondelismo”, no dizer do indefectível tondelense, José Valle de Figueiredo.
O gerente do maravilhoso espaço recriado de um velho lagar de azeite, é o Sr. Delfim de Jesus Marques, natural de Ferreirós do Dão que, carinhosamente, deu a degustar aquela especialidade gastronómica da casa, regada com o bom azeite português e os melhores vinhos da região que avizinha com Lisboa.
Os convivas, chegaram à conclusão de que uma casa como aquela, está a fazer falta na nova cidade de Tondela onde, com muita chuva, se chegou já depois das duas da madrugada, no final de uma viagem bem animada por alguns autarcas.
JOAQUIM DUARTE PEREIRA/MJJ

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