Segunda-feira , Abril 8 2024

TONDELA ESTÁ NO MAPA E CONTINUA DE PRIMEIRA

O ideal na última jornada da Liga Nos, em que se defrontaram na luta da manutenção o CDTondela e o GDChaves, era que nenhuma das duas equipas descesse de divisão, porque ambas representam duas regiões do interior do país tão abandonado. Mas, a realidade é que este jogo era uma final entre dois clubes “simpáticos”, que mereciam estar na “Primeira Liga” como muitos comentadores, analistas e amantes do futebol foram dizendo ao longo da semana que antecedeu o jogo.
Mas este jogo era uma verdadeira final.
Ao GDChaves chegava-lhe um empate, ao CDTondela só a vitória o salvava da despromoção.
A equipa de Pepa, tão irregular ao longo da época, com exibições “dos 8 aos 80”, entrou para este desafio com a força, com a energia, com a determinação de uma cidade, de um concelho, de um distrito, de uma região que nestas derradeiras semanas nunca deixou de mostrar o seu apoio.
Era por isso, essencial para Tondela a manutenção da equipa na Primeira Liga. Essencial porque dá notoriedade ao concelho e à região, é um impulsionador da economia local e é um estímulo para a auto-estima de um povo tão sofredor e tão massacrado pelos incêndios de outubro de 2017.
A permanência do CDTondela na Primeira Liga, pela quinta época consecutiva, é sinónimo de um crescente amor, dedicação, paixão, orgulho dos adeptos do Tondela ao seu clube.
Dizer-se que dos três grandes “eu sou do clube da minha cidade” ainda é difícil na nossa região, porque os grandes clubes estão concentrados no grande Porto e norte litoral do país e na grande Lisboa há muito tempo, e no meio fica o Tondela. Mas, pouco a pouco, o clube soube impor-se e é agora o digníssimo representante da região das beiras e de uma interioridade que o centralismo de Lisboa só realça quando interessa.
Mas, convém também recuar ao ano da subida do Tondela à Primeira Liga, que obrigou a investimentos no Estádio João Cardoso, de forma a dar cumprimento às exigências da Liga de Futebol. Nessa altura, ouviram-se muitas vozes que ecoavam que não interessava realizar obras no estádio e que não interessava ter uma equipa na Primeira Liga. Algumas dessas vozes foram de pessoas com responsabilidade políticas, com responsabilidades públicas e que “usaram o CDT como arma de arremesso político” como afirmou o presidente Gilberto Coimbra, na assembleia-geral do dia 15 de abril de 2016 e que não poupou críticas a quem contribuiu para que o presidente do Município de Tondela, José António de Jesus, abandonasse o cargo de presidente da assembleia-geral do CDT.
Hoje, o presidente da direção do Clube Desportivo de Tondela está de parabéns pela capacidade de resiliência, de trabalho, de inovação que fazem do CDTondela a grande referência na região no mundo do futebol.
Hoje estão de parabéns os tondelenses que acreditaram, e que sentiram desde o início a importância de ter uma equipa na primeira liga, para a cidade, para o concelho, para a região.
Tondela é de primeira.
Tondela é o orgulho das beiras.
Tondela é o meu clube são frases ditas espontaneamente pelos jovens tondelenses que nasceram com o clube na primeira divisão.
Por isso, o jogo do último domingo representava a manutenção, o sonho e a esperança de uma geração de tondelenses que têm orgulho em dizer que são de Tondela.
As finais são para se ganhar como disse o jogado Tomané e como tanto repetiu o treinador Pepa, e se bem o disseram bem o cumpriram e o Tondela ganhou esta final por 5–2 ao Chaves, mantendo Tondela no mapa de Portugal.
Para a memória fica a explosão de alegria no final da partida que se viveu em Tondela, na região das beiras e um pouco por todo o país, onde há um adepto do Tondela.
MJJ

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