Sábado , Maio 4 2024

PEDRO DE FIGUEIREDO ENTRE NÓS

Em abono da verdade, deverá dizer-se que o Pintor esteve sempre nós… O que sucedeu – e sucede – é que há muita gente distraída que passa por quanto entre nós nos deixou, e que não “dá” ou não sabe que ao Insigne Artista nascido aqui em Tondela, se devem obras daquelas que é costume dizer-se que são “icónicas”, emblemáticas, de tal qualidade e representação cuja autoria nem sempre é reconhecida.

Não é preciso ir muito longe para dar com elas. Aí quase à nossa frente, bem presente todos os dias, temos o monumento dedicado aos Combatentes da Grande Guerra – ímpar, único no Pais – levantado por sua concepção e desenho. Para não ir muito longe, bastará descer até à Câmara e aí extasiar-se com os incomparáveis painéis em azulejo que decoram o átrio…

Entretanto, algo sucedeu na passada sexta-feira, dia 5, que poderá contribuir para nos abrir caminho para nos trazer ainda mais vivo o grande Artista, o grande Pintor nado e criado entre nós: a publicação de uma belíssima Obra de Investigação sobre sua Vida e sua Obra, editada pelo Município e da muito laboriosa autoria de Maria de Lurdes Pinto, exemplar na concepção e na denodada pesquisa que a enforma, a situá-la entre os trabalhos de referência na Bibliografia Artística portuguesa. Isto, para não falar na sua importância para a própria Bibliografia Tondelense.

De apurado esmero gráfico, com prefácio de João Carlos Figueiredo Antunes – Vereador da Cultura da Câmara de Tondela – e testemunho de José Paulo da Bandeira de Figueiredo – sobrinho-bisneto do grande Artista homenageado – a Sessão de apresentação – presidida pela Eng. Carla Borges Presidente da Câmara Municipal de Tondela – foi concorridíssima e suscitou o entusiasmo de quantos estiveram presentes.

A seguir à sessão no átrio da Câmara, procedeu-se à inauguração da Exposição de Obras do Pintor no Museu Terras de Besteiros.

José Valle de Figueiredo

 

Carta de Pedro de Figueiredo a Tondela

Quando pinto e desenho

almas, seres, quadros,

com a arte, os traços

e as cores que animo,

é à própria vida com versos vivos,

que vou dando destino.

Ao tom do berço

onde meu coração nasceu,

aqui estou a dizer

que sempre fui mais longe

porque foi aqui

que a minha vida a Vós se deu.

E de tal sorte, que venci a morte

para estar aqui,

tão vivo como vivo estava

quando nasci.

JOSÉ VALLE DE FIGUEIREDO

(Com uma Saudação especial a Lurdes Pinto, infatigável investigadora da Vida e Obra do grande Artista, e a José Paulo de Figueiredo, Seu Sobrinho-Bisneto, denodado Cuidador da Sua Memória)

Veja Tamém

PEDRONHE – DOMINGO DE PASCOELA

Decorreu no domingo 7 de abril a tradicional Visita Pascal na povoação de Pedronhe, freguesia …

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *