O que alguns tondelenses já denominavam de “Obras de Mafra” vão finalmente ter a sua conclusão, segundo as afirmações do Presidente do Município, Dr. José António de Jesus, à comunicação social, numa visita efectuada no passado dia 14 de Novembro às obras em curso.
O Autarca explicou detalhadamente os motivos que levaram às obras iniciadas há quatro anos a avançarem e pararem até ao Município se ver na contingência de tomar a posse administrativa da obra, em Setembro de 2013.
Nesta visita, acompanharam o Presidente do Município todos os Vereadores em exercício e Arquitecto Municipal Ernesto Pereira que, quando necessário, prestou certas informações técnicas.
Uma boa parte das pessoas residentes em Tondela tinham conhecimento do motivo destes atrasos, mais uma vez ali recordados pelo Presidente da Câmara Municipal, salientando que a obra inicialmente integrada na regeneração urbana da Cidade de Tondela começou a sofrer problemas que se não esperariam. Um dos factos diz respeito aos pilares que não estavam preparados para suportar uma nova estrutura como resultado da grandiosa intervenção ali a ser operada. Foi então lançado um novo concurso mas a empresa que se responsabilizou pela sua reconstrução entrou em processo de não cumprimento e abandonou a obra. O mesmo caminho foi seguido pouco tempo depois por outra empresa que se tinha comprometido em levar por diante a empreitada.
E, como já dissemos, em Setembro de 2013, a Câmara Municipal de Tondela viu-se obrigada a tomar posse administrativa da obra, lançando um novo concurso, passando por isso a liderar o andamento do projecto, uma vez que estavam em risco os Fundos Comunitários de Financiamento.
A empresa Jomanor, de Mangualde, representada nesta visita pelo Engenheiro António Ângelo, que está a acabar as obras, começou-as praticamente do zero, sendo o valor total do investimento de 650 mil euros estando agora a entrar na fase de acabamentos.
Segundo o Dr. José António de Jesus, dentro de um mês todas as paredes estarão revestidas, garantindo que a intenção da Autarquia é dar a obra por concluída até ao final deste ano. Se isso não acontecer esse prazo de entrega não ultrapassará o mês de Janei9ro de 2015.
Ainda sobre as informações fornecidas, do edifício sairá na ala superior, 1 padaria com bar, 3 talhos e 1 frutaria. No andar inferior 2 charcutarias e 5 peixarias, ficando o corredor central destinado à venda de produtos ocasionais.
PRIORIDADE PARA OS ANTERIORES LOJISTAS
Finalizada a visita a todos os sectores daquela unidade o Presidente do Município informou que assim que o edifício esteja concluído será promovida a transição dos lojistas que ocupavam o Mercado Municipal antes de se terem iniciado as obras de remodelação. Informou ainda que o primeiro passo a dar prende-se com o foro administrativo do contrato que cada um tem, nomeadamente os lojistas que tinham talho, padaria, frutaria e outros cujo modelo tem de ser readaptado. Os espaços que sobrarem terão de ser colocados numa nova hasta pública.
Nestes casos encontram-se principalmente os espaços de loja, porque antigamente tirando a área de talhos, o que existia nas peixarias eram espaços de bancadas, não tinham lojas com as condições que hoje vão ter. Claro que estamos obrigados também a ter estas condições higiénico-sanitárias.
Na sua extensa e clara explanação, o Dr. José António de Jesus informou que na área destinada às vendas ocasionais o objectivo é que não haja um local fixo que impeça que um produtor que teve um excedente quer seja na fruta, nas hortícolas ou outras, os queira vender no Mercado Municipal, pois trata-se de uma funcionalidade ocasional.
No final do mês de Dezembro, em acordo com os lojistas começará a ser preparada a transposição para o Mercado Municipal já remodelado, pois quem cá esteve no passado tem direitos expectáveis e legítimos para que possam ser os primeiros a serem instalados.
O Presidente do Município não tem dúvidas de que o novo Mercado irá oferecer às pessoas que lá vão trabalhar a possibilidade de rentabilizar todos os espaços, criando novas respostas em termos de horário e serviços de produtos para que verdadeiramente a região e o território possam ser valorizados.
Na sua intervenção lembrou que há um conjunto de equipamentos muito importante, como uma área de estacionamento excepcional, localizada na área da segunda fase do Parque Urbano, para além da zona de lazer e contemplação da natureza, envolvente.
O Autarca aproveitou a oportunidade para pedir desculpas às pessoas pelo atraso associado à obra, aquelas que tinham as suas actividades comerciais centradas no Mercado Municipal. O financiamento comunitário destinado ao projecto, esteve em risco, não por responsabilidade do Município mas de terceiros. Felizmente que a demonstração dos factos que estavam por trás, não só permitiu manter esse financiamento, como estamos em condições de garantir 85% do total dos trabalhos.
O acolhimento da CCDR – Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional, aos argumentos apresentados, mas também à solidez e coerência como defendemos este projecto.
Tudo aponta que no final deste ano, princípio de Janeiro de 2015, esta obra esteja já em pleno funcionamento, criando condições para que os lojistas que já estavam no Mercado no passado sejam os primeiros a serem instalados.
A terminar a sua intervenção, o Dr. José António de Jesus afirmou que a concepção do Mercado Municipal permitirá que as lojas do novo espaço tenham utilização, através do espaço exterior. A vantagem é que cada um dos lojistas possa dinamizar a sua própria actividade, tal como os seus horários de funcionamento, também em função da expectativa dos seus clientes, criando dinâmicas próprias. A ideia é que o Mercado Municipal não se restrinja a um horário rígido, mas que possa ser ajustado às necessidades de quem o procura.
Por tudo o que nos foi dado verificar e com as claras explicações dadas pelo Dr. José António de Jesus, contamos muito em breve ver o Mercado Municipal em pleno funcionamento.
Amorim Lopes