Sexta-feira , Abril 12 2024

JOVEM TONDELENSE NA VANGUARDA DO ESTUDO DO CANCRO

No final de novembro, um estudo que explorou o potencial das biopsias líquidas no diagnóstico e na monitorização de doentes com cancro oral, desenvolvido por uma equipa multidisciplinar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), foi distinguido pela Sociedade Portuguesa de Genética Humana (SPGH) com o prémio “Melhor Comunicação Oral em Investigação Clínica”.
O trabalho, intitulado “Cell-free DNA: A Tool for The Diagnosis and Follow-up of Oral Cancer?”, teve a participação do Serviço de Cirurgia Maxilofacial do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Este trabalho envolveu diferentes centros da FMUC, incluindo o Laboratório de Citogenética e Genómica (iCBR-CIMAGO) e a Área de Medicina Dentária e é muito importante para o desenvolvimento de respostas de diagnóstico deste tipo de cancro.
A equipa premiada é constituída por Ivana Martins, Leonor Barroso, Inês Tavares, Luís Pires, Francisco Marques, Joana Barbosa de Melo, Isabel Marques Carreira e Ilda Patrícia Ribeiro.
Ora acontece que a Ivana Martins, primeira autora deste estudo é uma jovem tondelense residente na Ermida – Tondela, e é filha de Aida Maria Rodrigues da Costa e Francisco António Ferreira Martins
A Ivana nasceu em Genebra, na Suiça, em 1997, e estudou na Escola Secundária de Tondela até 2015 e é licenciada em Ciências Biomédicas pela Universidade de Aveiro, que frequentou de 2015 a 2018 e Mestre em Biologia Celular e Molecular Pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (ano 2018 a 2020).
O seu gosto pela área da oncologia e da genética e genómica levaram na a integrar a equipa do Laboratório de Citogenética e Genómica da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, no passado ano letivo, onde desenvolveu a tese intitulada “ Cancro Oral: Estudo do Potencial das Biopsias Líquidas para o Diagnóstico e a Monotorização”, que terminou com a média de 19 valores em junho de 2020.
Convidada a integrar esta equipa multidisciplinar para estudar, as taxas de incidência e de sobrevivência do cancro oral principalmente devido ao seu diagnóstico tardio e ao frequente desenvolvimento de recidivas e metástases, a Ivana não hesitou por ser um tema que entende crucial para melhorar a taxa de tratamento deste cancro porque o impacto clínico das biopsias líquidas no cancro oral ainda é muito limitado quando comparado com outros tipos de cancro, requerendo mais estudos de validação para a sua implementação com sucesso na prática clínica.
Está por isso orgulhosa e contente pelo trabalho realizado nesta área, e também porque este trabalho agora premiado pode fazer a diferença no futuro porque as biopsias líquidas podem ser uma fonte de informação relativamente ao perfil genético dos tumores e à resposta à terapêutica no cancro oral.
Esta investigadora, disse ao nosso jornal que está á espera de ser aceite para uma bolsa na universidade, mas o que mais gostava era de trabalhar em Tondela nas empresas da área.
A Folha de Tondela, deseja a esta promissora cientista muitos sucessos, e endereça á Ivana Martins e aos seus pais os parabéns pelo percurso académico.

MJJ

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