Na passada sexta-feira, dia 5 de Junho, houve festa rija para os alunos da Escola B 0 (Jardim de Infância) com a costumada festa anual dos finalistas que, como já estamos habituados se saldou num rotundo êxito.
Também como já é habitual, a festa teve lugar no Auditório 1 da ACERT e para não destoar dos anos anteriores a enorme sala de espectáculos foi pequena para acomodar todos aqueles que não quiseram perder pitada do que se passava no palco, primeiro proporcionado pelos pequeninos actores e mais tarde com alguns pais dos alunos, mas sempre dentro da maior alegria.
Antes de continuarmos com o relato do magnífico espectáculo a que assistimos, teremos que elogiar todas as pessoas que com o seu trabalho, engenho e arte conseguiram montar e realizar uma representação em que a idade da maioria dos actores se cifra entre os três e os cinco anos. Quanto aos adultos, pais ou familiares dos alunos, demonstraram um à-vontade enorme nos diversos temas que representaram como amadores da arte de Talma, demonstrando ter recebido bem as instruções dos ensaiadores.
Em relação às Educadoras, às Auxiliares e outro pessoal inerente à causa, merecem os maiores encómios, pois só com muito trabalho, bom gosto e perseverança conseguem pôr uma “máquina” daquelas em movimento perfeito.
Em relação ao espectáculo começou muito bem e acabou em maravilha com um lanche de partilha ao ar livre no espaço ACERT. que eu chamaria de abundante jantar, ou ceia, que daria para o dobro das pessoas que ali se encontravam, e eram muitas.
Nada melhor que reproduzir parte do que ouvi e li referente ao grande acontecimento:
“Mais um ano lectivo chega ao fim, mais uma viagem que termina, viagem essa feita ao longo de um ano repleto de trabalho, carinho, e muita, muita alegria. Nem tudo correu como o previsto mas as viagens são mesmo assim:
Nem sempre acontece aquilo que prevemos, temos surpresas, há por vezes alguns contratempos…No entanto todos concordamos que foi uma viagem muito rica para nós, crianças e adultos, pais e amigos: em conjunto aprendemos muito, trocámos afectos e saberes, dúvidas e sugestões. A nossa viagem chegou ao final, no entanto pedimos que nos acompanhem num último passeio, passeio esse que partirá dentro de momentos rumo à «Terra dos Sonhos». Preparados?”
E aí vem a história de um apresentador(a), vamos chamar-lhe “Nelo”.
PÉRIPLO PELO MUNDO
O Nelo chega apressado/cansado com uma mala antiga na mão, olha aflito para todos os lados e pergunta:
O quê, a aeronave já partiu? E eu que quero tanto visitar a “Terra dos Sonhos”. Afinal ele viaja na aeronave com destino ao Reino Unido, para a “Quinta do Ti Manel”, um português que para ali tinha emigrado. Abre-se a cortina do palco e os meninos cantam: Na quinta do Ti Manel.
Numa profusão de policromia, os quadros sucedem-se e desta vez a “aeronave” ruma aos Estado Unidos da América, retratando a vida da cidade de Alabama, com os meninos a cantar e a dançar: “Ó Susana”.
A China foi a meta seguinte, aparecendo os meninos a fazerem a coreografia do chinês. E dali até ao médio oriente foi um salto, com o Sultão e as Odaliscas a dançarem. Como tinham de continuar a viagem rumaram à Rússia, visitando os Czars, vendo dançar a Jimbapapalusca.
Segundo rezam as crónicas de viagem, como o Nelo não gostava do frio, deixou a Rússia e foi até ao Brasil sambar, seguindo depois para a misteriosa África, mas como havia ali uma grande seca e já não chovia há bastante tempo, foi até Espanha onde bebeu sangria e comeu umas tapas.
Como será fácil de depreender, os pequeninos alunos nas suas danças ou noutra modalidade, representavam cada um dos locais onde a “aeronave” que transportava o Nelo fazia escala, até que este se senta no chão e com ar confidencial diz:
Sabem uma coisa, a viagem está a ser fantástica mas está a bater-me uma saudade…e o que é a saudade? É algo muito português segundo me disseram …tenho saudades do sol, tenho saudades do mar, das montanhas, do verde, da luz de Portugal!
É bom viajar, mas é tão bom voltar a casa…
Todos cantaram “Ó rama ó que linda rama e depois o Hino Nacional, enquanto desceu a Bandeira.
TEATRO DOS PAIS
É sempre muito importante esta parte do programa em que os pais dos pequeninos alunos os presenteiam, assim como a toda a plateia, com uma representação bem preparada por quem sabe do ofício, que faz delirar as crianças e não só.
A peça, o sofá voador, foi bem interpretada deixando bem claro que o pretendido foi totalmente conseguido.
A parte três do espectáculo foi totalmente dedicada aos finalistas que, como sempre, decorre com muita alegria mas também com alguma emoção e não só do lado das crianças, pois educadoras e auxiliares não conseguem suster também algumas furtivas lágrimas.
Como não podia deixar de ser aparece o Nelo a recitar o poema de Sebastião da Gama, “Pelo Sonho é Que Vamos” e no final afirma: como é bom sonhar…como é bom brincar, saltar, correr, beijar …Como é bom ser criança …SEJAM FELIZES!
O espectáculo terminou em apoteose, abrindo-se a cortina e aparecendo no ecrã a filmagem dos finalistas, que estão sentados de t-shirt branca, no chão às escuras.
No final da filmagem começaram a dançar: Quando For Grande …
As crianças finalistas desfilaram depois com uma Auxiliar de cada lado que a meio lhe põem a cartola e lhe dão a bengala. Atrás estava projectada uma imagem da criança em que a luz incide apenas nela. À frente, a Educadora oferecia o álbum e o diploma.
A finalizar o importante espectáculo, todos em conjunto vieram frente e cantaram: Quando Fores Grande…
De seguida apareceu o bolo de finalistas, trazido por dois pais, cantando todos: Parabéns Finalistas!
Como dissemos de início, o vasto espaço da ACERT, ao ar livre, foi o enorme palco de uma sã confraternização de crianças, seus familiares e amigos, terminando assim em beleza a festa dedicada a todos os finalistas da EB0, em 2015.
Parabéns a todos!
Amorim Lopes