Folha de Tondela Jornal centenário da região de Viseu
Quem de nós é que gosta de segundas-feiras? Pois, ninguém. Mas graças à mania destes rapazes de Braga em andarem a disputar jogos europeus, calhou-nos a nós ter que ir à Pedreira no 1º dia de mais uma semana de trabalho. Falando em pedreira, a julgar pelos primeiros minutos do Esgaio, ele nos treinos deve andar a fazer perfurações lá nas rochas e as rochas devem ser amarelas às riscas verdes. Só assim se percebe a violência que o lateral aplicou a cada jogador do Tondela que lhe apareceu pela frente. Mais violento que o Esgaio, só mesmo o cabeceamento do Fernandes à barra do Braga ao minuto 19.
Entretanto, e depois do trauma dos descontos infinitos na jornada anterior, o minuto de compensação 
da 1ª parte ficou marcado por um grande corte do Ícaro em cima da linha de baliza a evitar o golo. Talvez seja melhor começarmos a passar os minutos de desconto com o Tomané a segurar a bola e uma rodinha amarela a toda a volta a impedir a passagem de adversários. Só para salvaguardar.
A 2ª parte não começou muito diferente do final da 1ª: com o Tondela a fazer crer os Bracarenses que até podiam marcar um golo se não estivesse o Cláudio Ramos na baliza. O Cláudio, se fosse segurança no Kimika, levava aquilo à falência num instante. É que não entrava lá nada, nem os barris de cerveja.
Há ainda a destacar o gesto inadmissível do treinador do Braga, Abel Ferreira. Num gesto de total prepotência, meteu a mão nos bolsos dos centrais do Tondela e tirou de lá o Hassan aos 60 minutos de jogo. Foi desrespeitoso para com a grande Instituição que é o Tondela,
tirar assim o avançado do bolso dos centrais sem sequer lhes pedir autorização. O que vale é que houve calma e educação por parte dos Tondelenses e eles não arranjaram confusão.
Aos 82 minutos aconteceu o improvável. Um jogador do Braga enganou-se e sabe-se lá como, sem saber sequer com que pé é que tentou acertar na bola, colocou-a dentro da baliza do Tondela. Se no futebol tivesse que haver intenção e habilidade, o VAR teria anulado o golo de imediato. Mais tarde, já no último minuto de compensação, o VAR teria também anulado o cruzamento do Harramiz para fora do estádio. Estou certo que aquela bola acabou lá para os lados de Guimarães!
danielpaiva.ng@gmail.com
