TERMAS DE SANGEMIL MAIS UMA ÉPOCA A CUIDAR DA SAÚDE

As Termas de Sangemil, ou Caldas de Sangemil como outrora eram referidas, situam-se na freguesia da Lajeosa do Dão, no nosso Concelho, e são ali uma referência quase há 30 anos para quem padece, principalmente das áreas reumatológica, respiratória, ou ainda perturbações de origem traumática.

Primeiro, com uma estrutura rudimentar, mas já a responder a certas carências. Depois, com uma estrutura já articulada e a responder às exigências do termalismo moderno.

Na passada sexta-feira, dia 01, as portas do edifício termal abriram-se para nova época e, como costume, o Presidente da Câmara Municipal de Tondela, José António de Jesus, Vereadores, Responsáveis pela Estância, Autarcas locais, outros Convidados e Utentes ali estiveram para a abertura oficial.

José António de Jesus, depois de salientar o ato de abertura, ainda que mais por simbolismo já que são cada vez mais os aquistas que, de ano para ano esperam por este dia para ali fazerem tratamento, referiu as melhorias ali introduzidas recentemente e que orçaram em cerca de 50 mil euros.

De lembrar que já rondam 700 os que anualmente ali beneficiam de cuidados de saúde, o que mostra bem a importância daquela unidade termal.

INVESTIR MEIO MILHÃO DE EUROS PARA RELANÇAR AS TERMAS

Mas o Autarca lembrou a requalificação profunda que é preciso ali fazer para que a resposta corresponda às necessidades e aos desafios, até para estar a par, ou acima se possível, de outras unidades, outras ofertas.

Essa requalificação, esse passo em frente para a melhoria dos serviços e maior poder de resposta, estão tomada, afirmou José António de Jesus. Faltará apenas definir se as obras terão suporte de apoios comunitários ou capital próprio.

“Este balneário é para reabilitar e para colocar dentro do seu nível, num quadro à escala regional”. Diria que numa estimativa muito realista não teremos margem para investir menos de meio milhão de euros, o que contamos ser feito através do POSEUR, na área da valorização energética, ou por capitais próprios, em último caso.

Se as obras de requalificação atingiram sobretudo pintura de fachadas, cobertura e outras situações críticas e urgentes, as que se pretendem levar a efeito pretendem sobretudo reabilitar aquilo que são as estruturas de base, com um grau de execução gradual em função das fontes de financiamento.

Toda esta preocupação de reabilitar as Termas e de as tornar competitivas frente ao mercado concorrencial, corresponde ao desejo de as posicionar num mercado específico.

A área técnica, como referiu José António de Jesus, é aquela que carece de maior investimento e daí o cálculo de meio milhão de euros para as concretizar.

Realizadas as obras, adaptadas as Termas às realidades atuais e com vista ao futuro, pensar-se-á num plano de negócios em que possam verificar-se parcerias ou concessões com entidades que queiram trabalhar com a Câmara neste projeto.

A requalificação e a aposta para trazer às Termas mais aquistas e dar-lhe melhores condições, promove-las à escala nacional, está tomada. Só podemos competir pela especificidade e pela diferenciação que esta unidade pode ter, principalmente pelas patologias que aqui são tratadas, como a história desta unidade sempre demonstrou.

Mas em primeiro lugar e antes de ir para novos desígnios, queremos reabilitar aquilo que são as estruturas base.

CAPTAÇÕES MAIS PROFUNDAS E CRIAR UMA ALDEIA ENERGETICAMENTE SUSTENTÁVEL

O Diretor Técnico da Estância, Matos Dias ao referir-se aos objetivos, disse que as águas pelas suas caraterísticas, ajudam em determinadas doenças, mas delas, pela sua temperatura, podemos tirar mais do que isso, quer o aquecimento do balneário pela própria água, quer indo mais longe com as captações mais profundas, por exemplo para os trezentos metros, o que elevará o grau de temperatura e com isso, pode-se inclusivamente produzir energia elétrica.

Isto quer dizer, por um lado ter melhor água e melhores condições e, por outro, conseguir que a aldeia possa ser sustentada apenas com as energias renováveis.

“Polo de alavanca para o desenvolvimento local”

Tendo qualidade as águas de Sangemil e sendo reconhecidas as suas características e potenciando o seu uso, “julgo que temos à nossa frente uma oportunidade de valorização desta estrutura, que naturalmente é importante para a freguesia de Lajeosa do Dão, pelos postos de trabalho directos e indirectos que gera e os ganhos acrescidos no território, pela actividade económica que as termas geram, como sejam a hotelaria e a restauração”, concluiu.

VISITA ÀS INSTALAÇÕES

Seguiu-se a visita às instalações, com aquistas já a utilizá-las e ávidos de procurarem melhoras para os seus achaques.

 

As Termas manter-se-ão em funcionamento até 30 de Novembro.

Jorge A. Leitão