Decorreu no dia 10 de maio, na freguesia de Parada de Gonta, a cerimónia de entrega dos prémios relativos ao concurso de poesia “Branca de Gonta Colaço”, na sede da Associação “Os Amigos de Parada de Gonta”.
O Prémio Literário Branca de Gonta Colaço foi uma organização das Comemorações dos 145 anos do nascimento e 80 do falecimento de Branca de Gonta Colaço, por Claúdia Emanuel, Inês Borges e Luiz Sá, em parceria com os dois agrupamentos de escolas do concelho. O galardão foi instituído com o objetivo de promover a escrita, a leitura e a poesia, sob a égide da poetisa Branca de Gonta Colaço.
Os vencedores desta primeira edição foram Salvador Marques Figueiredo e Maria Gomes Marques em ex-aequo, do agrupamento Tomaz Ribeiro, e Mariana Sousa Rodrigues, do agrupamento Cândido de Figueiredo, com os poemas “Caminhos de esperança e de dor”, “A primavera a chegar” e “Marcas eternas”, respetivamente.
No segundo lugar ficaram Rodrigo Miguel dos Santos Clemente e Iara Maria dos Santos Cordeiro e na terceira posição Matilde Rodrigues Neves e Inês Margarida Santos Vitória.
Todos os alunos receberam um livro e verão os seus poemas publicados na próxima edição dos Cadernos de Cultura D. Jaime, uma revista cultural editada pelo Município de Tondela e pelo Centro de Estudos Tomaz Ribeiro e que é dedicada à história do concelho.
Nesta sessão, esteve presente a presidente da Câmara, Carla Borges que cumprimentou e agradeceu à comissão organizadora por ter lançado este prémio literário, dando a conhecer Branca de Gonta Colaço e o seu trabalho, que passa por Parada de Gonta “de forma clara e intensa”.
“Branca de Gonta Colaço foi uma mulher que no início do século passado venceu um conjunto de batalhas, mas pelo seu trabalho e caminho que percorreu deixou um testemunho de capacidade de vencer desafios a outras mulheres”, acrescentou, defendendo que há ainda muitos direitos por conquistar não apenas por parte das mulheres, mas pelo ser humano.
Por seu lado, a presidente dos “Amigos”, Júlia Carvalho, agradeceu a presença de todos, “em especial aos alunos que fizeram os seus poemas, qual deles o mais bonito” e congratulou-se por o evento ter sido em Parada de Gonta.
Foi sem dúvida um momento muito bonito e é bom sentir que os jovens gostam da língua pátria e que têm a sensibilidade dos sentidos e da alma para fazer poesia, num mundo tão tecnológico, em que os vários sentidos humanos, como o tato, o olhar e o sentir, parece que ficam em segundo plano perante os aparelhos eletrónicos usados pelos jovens.
Uma palavra de apreço e de parabéns para a organização, que soube lançar este desafio aos mais jovens.
No final da cerimónia, houve um beberete, com muito convívio e partilha.
Zélia Xavier