Chamou-se-lhe “Há Noite no Museu” à celebração que teve lugar no passado sábado, dia 21. E o tempo até permitiu que o acontecimento também tivesse sucesso no programa previsto para o ar livre.
E durante umas horas foi possível “viver” o Museu, a efeméride e o espaço bonito que é o Solar de Santana. Graças, também, ao entusiasmo, dinamismo e empenho da Drª. Lurdes Pinto, Técnica do Museu,
O Museu Terras de Besteiros tem para os tondelenses um significado muito especial, já que guarda uma grande parte da memória do passado coletivo das Terras de Besteiros, que se espraiam desde os píncaros do Caramulo, estendem-se pelo Vale e vão Concelho fora pelas terras hoje de Tondela. E ali está um pouco da nossa identidade, da nossa força, da nossa tradição, da cultura que nos moldou e se projetou para os nossos dias.
Pedro Adão, Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Tondela, anunciou o Programa e agradeceu as presenças e a participação dos que quiseram associar-se à Comemoração da Noite do Museu
RANCHO FOLCLÓRICO “AS CANTARINHAS” DE MOLELOS
Vieram trazer ali, ao Largo Ferraz de Carvalho, junto à Igreja Matriz, um pouco do seu vasto repertório, associando-se assim, pelas Modas d
e outros tempos ao Momento, também ele carregado de História. E como sempre, foi agradável ouvir as cantigas de outrora, a que os bailadores e bailadeiras deram vida e fizeram recordar.
TROMPETE DE DIOGO BORGES
À entrada da Capela do Solar, aberta para o efeito, David Borges, músico da Banda Filarmónica Tondelense, convidou-nos, através da melodia, a interiorizar a “Noite”, a visita ao Museu e o Momento de Poesia que ia seguir-se.
MOMENTO DE POESIA
Pela sala desfilaram alguns Poetas da nossa terra, trazidos pela voz de João Carlos Vale, também ele Poeta da nossa terra, com obra publicada e fazendo da poesia um dos seus passatempos.
Tomaz Ribeiro, Cândido de Figueiredo, Martinho Rebelo, Maria da Conceição, Filipa Duarte, Santos Silva e o próprio João Carlos, estiveram presentes naquela Noite em que as velas acesas e profusamente distribuídas, ajudavam a torna-la diferente.
O MUSEU GUARDA REFERÊNCIAS DO TERRITÓRIO
Findo o Momento poético, o Dr. José António de Jesus, Presidente do Município, fez uma pequena intervenção em jeito de encerramento pela Noite que houve no Museu.
Lembrou que o edifício, com 200 anos de vida, é um marco bem presente da nossa comunidade e pela missão que lhe foi destinada, encontramos referências do nosso território.
Neste espaço, que é no fundo a nossa identidade, assinalar o Dia dos Museus é o mesmo que dizer que cada um de nós tem a obrigação e o dever civilizacional de ajudar a projetar, a conhecer, a divulgar aquilo que é nosso, a nossa memória.
E a melhor forma de comemorar o Dia, é abrir as portas, convidar todos a entrar, mas que não seja só para uma ida ao Museu, antes viver a História do Museu, que é a História das nossas gentes.
CEIA BEIRÃ
E também numa tradição muito nossa, a jornada terminou com um caldo verde degustado com prazer e confraternização.
Jorge A. Leitão