Começa a ser caricata a situação do que se passa com a iluminação dos nós do IP3, principalmente na cidade de Tondela.
Sabíamos já há bastante tempo que a Câmara Municipal de Tondela não tinha responsabilidade directa na anomalia e tínhamos também conhecimento que o Município envidou todos os esforços para que a caricata situação fosse resolvida, mas até hoje nada conseguiu.
Três elementos da Comunicação Social presentes na inauguração da Exposição “Aos Tons Dela” pediram ao Dr. José António de Jesus informações sobre o que se passava, a que amavelmente acedeu.
A pergunta que foi colocada ao Presidente do Município de Tondela reside no que é que levou a autarquia a tomar a iniciativa de informar o concelho e os seus concidadãos sobre suposta polémica criada em redor da colocação das placas que atribuem a responsabilidade da iluminação dos nós do IP3 à empresa pública Infraestruturas de Portugal.
O Presidente Dr. José António de Jesus afirmou à margem da inauguração da exposição de pintura de Patrícia Matos, na Galeria de Exposições do Mercado Velho, que ninguém consegue perceber num tempo de contenção porque é que o nó de Tondela – Adiça (há um ano descontrolada) está sistematicamente com a iluminação até às 9 ou 10 horas da manhã ligada, o mesmo acontecendo, às 4 da tarde, também, enquanto, que o nó Molelos – Tondela (três semanas) que há vários anos não tem um funcionamento normal, mas se até agora, tinha alguns troços desligados tem um apagão incompreensível, entre a rotunda de Molelos, até à rotunda dos Combatentes do Ultramar.
O Presidente do Município de Tondela esclareceu que tem vindo a manter contactos há vários meses com as Infraestruturas de Portugal que vieram substituir as Estradas de Portugal, entidade que resultou da fusão desta com a REFER.
ESPERAMOS CONSEGUIR RESOLVER A SITUAÇÃO BREVEMENTE
O Dr.José António de Jesus tornou público que já teve duas reuniões na Infraestruturas de Portugal, uma das quais, no dia em que estas declarações foram recolhidas para lhes dizer que já não é tolerável a situação que se vive. «Mas como 99 por cento das pessoas do nosso concelho acham que tudo que tem a ver com iluminação tem a ver com a Câmara entendemos por bem explicar que não é por falta de persistência, diligência e empenho que o assunto não tem sido abordado», naturalmente, junto das entidades competentes.
O Autarca esclarece que mesmo que o Município queira mexer naqueles dois troços não o pode fazer «pelo facto de não estar na nossa jurisdição e propriedade». O Presidente reconhece que a iluminação do resto do concelho é da responsabilidade do Município. «Nunca viram ou ouviram o Presidente da Câmara dizer que na freguesia A ou B se há melhor ou pior iluminação que a culpa é de terceiros».
Para o Autarca o objectivo da colocação das placas é informar as pessoas, nunca apontar culpas seja para quem for. «Por mais que queiramos não podemos mexer naqueles nós porque não estão na nossa jurisdição».
No dia 13 de Janeiro, o Dr. José António de Jesus voltou a alertar as Infraestruturas de Portugal para que de uma vez por todas seja solucionado este problema. A necessidade de arranjar uma solução é prioritária uma vez que implica também uma questão de segurança das pessoas quer seja condutores ou peões.
O diálogo institucional e pessoal tem sido mantido com a entidade responsável donde tem vindo sinais positivos, mas que depois, não se materializa na solução do problema.
«Há momentos em que temos de ser mais enérgicos, mais determinados e acima de tudo confrontarmo-nos com esta realidade. Foi-me garantido hoje (13 de Janeiro) que tudo seria feito para que rapidamente fosse restabelecida esta ligação e eu esperarei até ao final deste mês». O Presidente do Município de Tondela ressalva que se até essa data a situação não estiver resolvida “terei que solicitar ao senhor Ministro das Infraestruturas para que haja uma decisão sobre esta matéria porque não é aceitável que este problema se arraste ao longo de meses”.
O Dr. José António de Jesus terminou o seu esclarecimento para reiterar que a colocação das placas foi a forma encontrada pela autarquia para que os concidadãos percebam que a responsabilidade de encontrar uma solução não é do Município. Por essa razão, achou-se por bem explicar às pessoas que «não está na nossa jurisdição poder intervir no problema». Uma das contrapropostas apresentadas pelo Presidente da Autarquia às Infraestruturas de Portugal foi que se passassem os nós do IP3 para a gestão do Município.
O Autarca reconhece que o problema é grave pode por em causa a segurança das pessoas, assumindo, a necessidade de pressionar as Infraestrututras de Portugal para que não seja mantida uma situação que já atingiu o limite para ser solucionada.
Amorim Lopes