Segunda-feira , Maio 6 2024

ENCONTRO DO SENHOR BISPO COM A COMUNICAÇÃO SOCIAL

Como vem acontecendo anualmente, o Senhor Bispo de Viseu, D. Ilídio Pinto Leandro convidou a Comunicação Social, no passado dia 29 de maio, para um Encontro na Casa Episcopal, a propósito da Mensagem do Papa Francisco para o “48º. Dia Mundial das Comunicações Sociais” e, para além dela, dar conhecimento do evoluir das Assembleias Sinodais e outros temas da atividade diocesana.

 MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO

O Senhor Bispo, que se encontrava acompanhado pelo Dr. Felisberto de Figueiredo, Diácono, responsável pelo Gabinete de Informação da Diocese de Viseu e Padre João Martins, Diretor do “Jornal da Beira”, depois de cumprimentar e agradecer a presença dos jornalistas, começou por analisar a Mensagem, realçando dela os aspetos da “comunicação como proximidade”.

Embora a globalização nos torne mais independentes, “todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas… e a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres… num mundo que sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza”.

Por isso a comunicação, a boa comunicação pode ajudar-nos no caminho da solidariedade, a ultrapassar muros, a harmonizar as diferenças.

“Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns com os outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito”.

“Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus”.

Mas, este novo mundo da informação “pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos”.

“Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola”.

Porque a rede digital pode ser humana e não apenas uma rede de fios; uma rede de pessoas humanas para pessoas humanas.

“Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus”.

 O EVOLUIR DAS ASSEMBLEIAS SINODAIS E A ATUALIDADE DIOCESANA

Após a análise do documento Papal, na conversa que se seguiu com os jornalistas o Senhor Bispo deu a conhecer o evoluir dos trabalhos sinodais e outras tarefas da Diocese.

Desde logo, começou por referir cinco pontos, assim muito rápidos. E o primeiro é mais uma expressão de alegria pelo Papa Francisco, pelos sinais e mensagem que nos vêm da sua ação e doutrina e pela visita à Terra Santa, que na sua leitura foi uma mostra muita bela de diálogo e proximidade.

Depois, falou da atualidade na Igreja de Viseu, e relevar o Sínodo em que houve a primeira Assembleia, que foi de refletir e aprovar propostas diversas (29) na linha do primeiro documento, propostas que irão ser atiDSCF3308vadas na Diocese, que se espera venham trazer novidade para a nossa Igreja.

Assim, esta Assembleia Sinodal continuará ativa até finais de 2015, com o debater dos documentos seguintes, terminando de forma solene em 08 de Dezembro. A seguir, as Comissões Sinodais e o Ano de Festa com os 500 anos da Catedral.

O Sínodo originará também a reorganização da Igreja Diocesana de Viseu. Estão já aprovados na primeira Assembleia que os Arciprestados, que eram 17, passem a 5 ou 6. Não será por haver menos cristãos (não passa por aí), mas sobretudo por haver menos Padres, justificando portanto que os Arciprestados sejam redimensionados. Como refere a Mensagem do Papa, hoje as comunicações são muito mais fáceis.

E lembramos que no século XII (tempo de S.Teotónio) a nossa Diocese era muito, muito maior, as dificuldades de comunicação diferentes, e havia apenas 12 Arciprestados.

Como se sabe, Arciprestados são organizações da Diocese no sentido do planeamento, atividades, iniciativas. A falta de Padres leva a que alguns Arciprestados tenham apenas dois ou três Padres, o que não responde à missão para que foram criados e os respetivos métodos de pastoral. Daí a sua redução.

Foram igualmente aprovadas as chamadas Unidades Pastorais. O que é que isso envolve? Envolve, por exemplo, que dois ou três Padres possam trabalhar mais unidos (Unidades Pastorais) no sentido de que cada um, na mesma circunscrição de Paróquias, que podem ser sete, oito, nove ou dez possam distribuir entre si atividades que ficarão diretamente mais ligadas a cada um que tomou essa responsabilidade, permitindo assim melhor operacionalidade e resposta.

Depois e a partir também do Sínodo e das suas metas, criar uma maior co -responsabilidade de diáconos, religiosos e leigos no sentido de haver uma interajuda maior entre os Padres e os cristãos que fazem parte da Comunidade, de modo a que todos nos sintamos a trabalhar na mesma Igreja.

Um outro ponto, muito rápido, refere-se ao ano de 2016, desde 01 de Janeiro a 23 de julho, que será o Ano Jubilar. Terminamos o Sínodo a 08 de dezembro e vamos imediatamente celebrar o Jubileu dos 500 anos da nossa Catedral. É no fundo, transformar a novidade que o Sínodo e nos dá e nos vai trazer e aplicar logo essa novidade num Jubileu; quer dizer numa festa diocesana e olhar para a Catedral, não como edifício, mas enquanto Igreja diocesana. Será, assim o esperamos, um Ano muito especial.

Um último ponto para referir a Festa que vamos ter no próximo dia 29 de junho (solenidade de S. Pedro e S. Paulo), Dia da Diocese e da ordenação sacerdotal de um jovem já Diácono, de Dornelas (Moimenta da Beira), por sinal do Distrito da Guarda mas Diocese de Viseu.

E para já fico à vossa disposição para o que quiserdes perguntar.

 QUESTÕES DOS JORNALISTAS

Foram diversas as questões, mas talvez a de maior relevo teve a ver com a recente afirmação do Papa Francisco sobre o celibato dos Padres, em que afirmou não ser um dogma de fé e que a porta está aberta para tratar o tema.

D. Ilídio Leandro, com a abertura de pensamento que lhe conhecemos, disse: “ Eu não posso concordar mais com o Papa Francisco. De facto, não é dogma de fé, não é uma tradição que a Igreja não possa refletir e alterar”, não hesitando na resposta de que aceitaria homens casados na sua Diocese, se esse for o caminho.

 EXPOSIÇÃO DE MENINOS JESUS

No átrio da Casa Episcopal encontra-se uma interessante exposição de “Meninos Jesus”, vindos de diversas Paróquias da Diocese.

Fátima Eusébio, responsável pelo Património religioso da Diocese, mostrou-nos a beleza daquela mostra.

 JANTAR

O Encontro culminou com agradável jantar, onde de forma mais informal continuou a falar-se da Diocese, dos projetos, da comunicação social, mas também do dia a dia de todos e de cada um dos presentes.

MJJ/JAL

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