Sábado , Maio 4 2024

CENTRO DE ESTUDOS TOMAZ RIBEIRO APRESENTOU MAIS UMA EDIÇÃO DOS CADERNOS D. JAIME

O Centro de Estudos Tomaz Ribeiro, em parceria com a Câmara Municipal de Tondela, apresentou a edição número 7 dos Cadernos de Cultura “D. Jaime”, publicação entretanto interrompida e agora retomada.
O acontecimento teve lugar na Biblioteca Municipal Tomaz Ribeiro, no passado dia 15 de Setembro, em cerimónia integrada nas comemorações do Feriado Municipal de 16 de Setembro.
Ao acto, presidido pelo vereador da Cultura, Miguel Torres, compareceram o director da publicação, José Valle de Figueiredo e o coordenador editorial, Hélder Abraços, entidades da mesa de honra, além da presença de alguns dos autores dos trabalhos publicados na edição, nomeadamente, Paulo Sá Machado, Cláudia Emanuel Franco dos Santos e Joaquim Duarte Pereira, o jornalista que, já há alguns anos, presta a sua colaboração nestes cadernos de cultura em boa hora lançados pelo Município, através do Centro de Estudos Tomas Ribeiro.
Aliás, de acordo com o vereador da Cultura no Município de Tondela, estes Cadernos são “um espaço de afirmação da cultura que se vive e estuda no nosso território, tendo por base a memória não no sentido imobilista mas sim no sentido da importância da aprendizagem com ela, para perspectivar o futuro”.

“O FUNDAMENTO DE UM TERRITÓRIO”
Além de que, como disse, para o Município de Tondela, “os Cadernos D. Jaime, são fundamento de um território para quem a cultura, nos seus mais diferentes âmbitos e áreas, é um instrumento fundamental de desenvolvimento territorial”.
Entre o público presente na sala, viam-se pessoas que, há muito, incensam o autor de “Dom Jayme” e ajudam a promover e honrar a sua memória, gente de Parada de Gonta, sua terra natal, de Tondela e do Porto, entre outras de Lisboa e de várias localidades e que sempre marcam presença em tudo que diga respeito a um dos maiores vultos da história do nosso país e, particularmente, de Tondela, onde “nasceu” para a política, uma vez que foi presidente da Câmara pela altura do ministro das Obras Públicas, Fontes Pereira de Mello, sendo eleito pelo então círculo uninominal de Tondela, que já não existe, para deputado no Parlamento e de onde transitou para altos cargos do Estado, tanto em Portugal como no estrangeiro, ele mesmo que, como Ministro das Obras Públicas, trouxe o combóio para Tondela e a sua terra, em 1890, através da já extinta Linha do Dão.

“ESTAMOS PARA DURAR”
José Valle de Figueiredo, também poeta e director da “Folha de Tondela”, por seu turno, deixaria claro e, “como ia dizendo”, as razões para o reaparecimento dos cadernos de cultura, “mais que sobram” e não seria difícil reuni-las ou adivinhá-las.
O orador contou a história conhecida de Frei Luís de Léon – o sábio quinhentista da Universidade de Salamanca – depois de forçado a afastar-se do ensino durante muitos anos, quando voltaria à cátedra, começaria, na sua primeira aula, assim: “Como íamos dizendo…”
E, como ia escrevendo no número 6 destes cadernos – “ainda ontem, bem vistas as coisas – cá continuamos presentes, a dar sinal de andamento, a declamar que estamos para durar, e que não regateamos nada que não se destine a dar testemunho”.
Nas suas breves palavras, José Valle agradeceu “a todos quantos nos acompanharam estes tempos que passaram, a todos quantos não desistiram de nós e sempre nos animaram, ao Município da nossa Terra”, deixando “uma saudação especial” para o presidente José António de Jesus e para o vereador da Cultura, Miguel Torres – aos dedicados colaboradores deste número, ao investigador Hélder Abraços – que tão trabalhosamente se empenhou nesta edição – a todos, mesmo a todos, o nosso muito obrigado”.
Diz ele a terminar que, “enquanto depender de nós, cá estaremos sempre À BEIRA DE TONDELA PLANTADOS”.

TRABALHOS DA EDIÇÃO N.º 7
Para além das notas do vereador da Cultura e de José Valle, podem ser lidos e apreciados os textos ilustrados que compõem a edição, que versam temas os mais diversos, nomeadamente, “Um herói da Guerra da Restauração”, de Rui Amaral Leitão, “Tomás Ribeiro e José da Silva Figueira”, de José Augusto Maia Marques, “Cartas de Branca de Gonta Colaço sobre Tomaz Ribeiro e Camilo Castelo Branco”, de José Valle de Figueiredo, “Um inédito de Branca de Gonta Colaço”, de Paulo Sá Machado, “Evelyn Ruffer: uma irlandesa em Parada de Gonta”, de Hélder Abraços, “Pedro de Figueiredo: o pedagogo e o artista”, de Bertino Daciano Guimarães, “Jorge Colaço e a sua ligação a Tondela”, de Cláudia Emanuel Franco dos Santos, “A semiótica na representação azulejar em Tondela”, de Maria de Lurdes Pinto, e “Alexandre de Castro Coelho – uma vida de luta em prol da imprensa, do teatro e da dignificação de Tondela”, de Joaquim Duarte Pereira.
Os conteúdos da publicação contêm, ainda, as “Efemérides” sobre os “100 anos do nascimento de Abel Lacerda: vida e obra” e os “110 anos do nascimento de Rodrigo de Mello: o poeta de Parada”.
A publicação encontra-se à venda na Biblioteca Municipal Tomaz Ribeiro e nas instalações do Museu Municipal “Terras de Besteiros”, em Tondela.
JOAQUIM DUARTE PEREIRA

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