Terça-feira , Abril 9 2024

A PONTA DO ICEBERG, NO PAÍS SEM AUSTERIDADE

A greve dos combustíveis é a ponta do iceberg da crise social e económica do país.
O dia 16 de Abril, e a corrida dos portugueses aos combustíveis, levou ao alarmismo social, e mostrou um governo frágil, bem como alguma oposição.
Os oitocentos trabalhadores de transportes de matérias perigosas, são o símbolo das expectativas frustradas dos trabalhadores portugueses.
Ainda em Janeiro, António Costa, primeiro-ministro de Portugal, reiterou que o governo conseguiu devolver salários e pensões “aquilo que conseguimos provar, em três anos é que foi possível devolver os salários, devolver as pensões, aumentar as prestações sociais”.
Em Abril, anuncia os passes sociais para as grandes áreas metropolitanas, embora o investimento na saúde, como por exemplo, as obras do Centro Hospitalar Tondela Viseu e a ala pediátrica do Hospital de São João do Porto, não tenham saído do papel.
Mas a realidade tem mostrado a outra face da moeda. A greve dos professores e dos enfermeiros, por exemplo, já dura há mais de dois anos, e a falta de reposição de salários e a progressão das carreiras, são contestadas na rua.
Também os impostos não diminuíram. De acordo com o INE, a carga fiscal anual em 2018 face ao ano anterior atingiu 35,4% do PIB, o valor mais alto desde 1995.
Relativamente aos combustíveis em 2018 foi votado no parlamento a descida do imposto sobre os produtos petrolíferos, proposto pelo CDS e PSD e inicialmente com o apoio do BE e do PCP, mas na especialidade, o PCP e o BE mudaram o voto e juntaram-se ao PS chumbando esta medida.
Os salários e as pensões, e a progressão nas carreiras na função pública, ficaram num impasse.
O governo corta 470 milhões à previsão de investimento público para 2019, ficando abaixo do último ano do governo de Passos Coelho.
A economia, de acordo com o Banco de Portugal, desacelerou em 2018 e 2019, prevendo-se a diminuição do crescimento económico do País.
O governo prometeu reposições salariais, progressão nas carreiras, aumento do investimento público e a diminuição a carga fiscal, melhor qualidade de saúde e educação e melhores prestações sociais aos portugueses, mas segundo Bruxelas Portugal está entre os países da UE com pior desempenho na redução do risco de pobreza.
A greve, um direito constitucional é a forma mais visível da crise social e económica do país.

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